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A mostrar mensagens de 2011

Tratado sobre consultoria

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Um dia destes ainda escrevo um! Segue um esboço sobre: Substância: Sabemos pouco para sabemos muito sobre a substância (da esquerda para a direita) Processo: De mais flexível para menos flexível (de baixo para cima) Âmbito: - Consultoria tradicional: para contextos bem estudados/ definidos; assume que é há bom conhecimento sobre a matéria e que se sabe o que aplicar correctamente - Consultoria de processo: para contextos em que se conhece a forma de intervir mas pouco sobre o tema; muito focado no individuo - Design Thinking: sabemos pouco sobre o tema e/ou processo; assume-se que o conhecimento não existe à partida; terá que ser criado - Personal Consulting: materia é conhecida; o processo é muito flexível, dependete do contexto Granularidade: - Consultoria de processo e Personal consulting: muito focada para o indivíduo ou para grupos pequenos - Consultoria tradicional e Design Thinking: tipicamente focada na função ou em grupos de pessoas Outras dimensões podem ser avaliadas: - foco

Congresso de Empreendorismo

No passado dia 27 e 28 de Outubro aconteceu o 1º Congresso Ibérico de Empreendorismo, promovido pela Associação Empreend . Gostei de ter estado presente. Ficam aqui as minhas notas sobre o dito cujo. - Muitas pessoas que estiveram presentes, estavam lá porque estavam a pensar em empreender. A grande maioria por obrigação. Tinha perdido o emprego, 1º emprego, 'farto' de empregos precários, ... ou seja, empreendorismo por necessidade. - Nesta linha, estamos a precisar urgentemente de muitos eventos que possam ajudar estas pessoas, facultando informação, soluções, oportunidades, espaço para reflexão, redes de conhecimento e experiência, meios, ... mas também reflexão sobre o que significa empreender, como se pode viver com a incerteza, que comportamentos estão associados, casos/ motivações para insucesso, casos/ motivações de sucesso, ... - Do outro lado da fronteira tudo esta mais sistematizado, organizado, mais estudado. O foco é muito regional, o driver foi muito académico, mas

abrir fundações de negócio das organizações públicas

Em 2008, promovi, no contexto da darwin, a abertura das "fundações de negócio" das organizações na esfera do estado: promover colaboração, inovação, transparência, confiança, novas soluções, ... Julgo que o tema é mais relevante do que nunca, em que precisamos fazer muito, com muito pouco. @ slideshare Este tema está relacionado com o Programa de Acção Política ACREDITAR .

Gerações em décadas

Nas últimas semanas tenho reflectido sobre nós, os que vivem neste território lusitano, tenham ou não nascido aqui - se cá vivem partilham da responsabilidade. Para entender quem somos/ temos sido, é conveniente olharmos para as gerações por décadas de nascimento. Até há bem pouco tempo olhava para as gerações... não conseguia entender muita coisa; com as décadas, salta à vista várias considerações. É uma análise macro, superficial; um esboço; como tal tem muito ruído, mas acho que se consegue perceber a silhueta. Começemos... Os que hoje tem 90, 80, 70 - regem-se por fortes princípios e valores; são de convicções; foram assim toda a vida: já aos 20 anos tinham as suas personalidades bem vincadas. Podemos ver estas coisas por em casa comer-se sempre às x horas, por ser domingo e temos que fazer qq... são humildes e de causas; veja-se duas figuras históricas, Salazar e Álvaro Cunhal; um para fazer frente ao outro tinha que ter fortes princípios, opostos mas com muita convicção; ambos fo

Livros das férias

Este ano fui para férias com 3 livros: - um escolhi eu: ensaio "Portugal, Hoje o Medo de Existir do filósofo José Gil , 2004 - outro escolheu o meu amigo Gonçalo: "Economia Civil" dos professores de economia L. Bruni e S. Zamagni, 2004 - o terceiro escolheu o meu amigo Claudian: "Freedom from the know", Jiddu Krishnamurti, 1975 Que leituras! Vim diferente das minhas férias! Tudo se liga, o macro - o mundo - o meso - a comunidade onde moro - e o micro - eu! É caso para dizer que a escolha já não é aleatória, já é resultado do processo de serendipidade ( http://pt.wikipedia.org/wiki/Serendipidade , http://en.wikipedia.org/wiki/Serendipity ) Obrigado amigos!

5 teses do paradigma do futuro

Em 1985 Boaventura de Sousa Santos profere uma Oração de Sapiência na abertura das aulas na Universidade de Coimbra a propósito do ano lectivo. E que oração! em 1987 surge o texto "Um discurso sobre as ciências", Edições Afrontamento. Um daqueles textos de tirar a respiração. Que clarividência. Com suprema elegância descreve-nos os paradigma dominante, o que conseguimos atingir com ele e, suprema ironia, o geramos com ele: o conhecimento que o colocou em 'cheque'! Falamos de "condições teóricas" que fundamentam "a crise deste paradigma" dominante: 1. Einstein e a relatividade da simultaneidade 2. Heisenberg e Bohr, com a mecânica quântica, mostram que para observar ou medir interferimos 3. Godel e os teoremas da incompletude e sobre a impossibilidade 4. Prigogine e a teoria das estruturas dissipativas e o princípio da ordem através de flutuações Descreve-nos um "movimento convergente" que vai a caminho de um novo paradigma, um paradigma d

8 saberes necessários à construção do futuro

Num trabalho solicitado pela UNESCO em 1999, Edgar Morin, brinda-nos com um fantástico escrito, onde nos apresenta os sete saberes necessários à educação do futuro, a saber: 1. As cegueiras do conhecimento: o erro e a ilusão 2. Os princípios do conhecimento pertinente 3. Ensinar a condição humana 4. Ensinar a identidade terrena 5. Enfrentar as incertezas 6. Ensinar a compreensão 7. A ética do gênero humano Com as minhas leituras mais recentes de Saras Sarasvathy acrescentaria o oitavo saber, totalmente em linha e articulando os 7 saberes propostos por Morin: 8. Método de empreender Reconheci/Reconheço este método na bibliografia de Gandhi, Mandela, Freud, Einstein, ... no Bill Gates, Steve Jobs, Muhammad Yunus, ... no trabalho de Joana Vasconcelos, Leonel Moura, ... em José Tribolet, ... e em tantos outros, de diferentes campos, que tem feito uso deste método para mudar o mundo (o seu e muitas vezes o de muitos de nós). Sarasvathy provoca-nos e enche-nos de esperança; provoca pois diz

2 momentos, 2 gerações

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ET, 1982 How to train your dragon, 2010 A maneira de resolvermos as nossas diferenças é ser tolerante com o outro que é diferente de mim: - tentar perceber o que eu estou a sentir, i.e., como estou a interpretar a informação que os meus sentidos estão a recolher e o que isso significa para mim - tentar colocar-se no lugar do outro e perceber o que ele esta a sentir, i.e, como ele esta a interpretar a informação que os sentidos dele estão a recolher e o que isso significa para ele (situação) - como podem ser desenhadas maneiras de o sentir de cada um não ser uma ameaça, mas antes uma oportunidade ?

Livros para miúdos e graúdos

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[Miúdos] Uma Mesa é uma Mesa. Será? [Graúdos] Lateral Thinking, Edward de Bono Sugestão #1 Plano do Lobo/ Design thinking Ideia em [Pares de] Livros para miúdos e graúdos

Revolução controlada

Cada vez mais convencido que há dois grandes caminhos pela frente: - revolução controlada da inovação social - revolução clássica da sociedade A clássica pode trazer alguma melhoria, mas é feita por impulso, de baixo para cima e sem controlo, com as emoções ao rubro. Veja-se o nosso 25 de Abril e os 10 anos que se seguiram; ou a nossa instauração da República e os 20 anos que se seguiram, e por ai fora. Há um resultado garantido: há sempre os vencedores e os vencidos! Não é inclusiva, é exclusiva por natureza; cria uma fronteira entre "eu" e "tu". Estou certo que se não fizermos a controlada, será esta a via seguida pela sociedade para fazer face as alterações de fundo que vivemos. A revolução contralada, visa elegermos alguns objectivos de todo, de bem estar, que nos possam mobilizar a todos, que sintamos que estamos dispostos por lutar, por sacrifícios e iniciar um processo de passar para o micro, para cada um de nós a responsabilidade de contruir uma sociedade me

Eleições 2011

Segundo a CNE.pt: - Inscritos: 9.429.024 - Mandatos/ deputados: 230 - Votantes: 5.554.581 - Não Votantes: 3.874.443 (41%) - Brancos: 148.076 - Nulos: 75.281 - Não votantes + Brancos + nulos: 4.097.800 (43,46%) - PSD: 2.145.780 (22,76%) - PS: 1.557.931 (16,52%) - PSD + CDS-PP: 2.798.058 (29,67%) - PSD + PS + CDS-PP + PCP-PEV + BE: 5.084.970 (53,93%) Algumas considerações: O 'partido' mais votado foi a abstenção + brancos + nulos com 43,46% dos inscritos. A 'abstenção' foi o partido mais votado. Os 'brancos' o 7º e os 'nulos' o 8º. O nosso governo (coligação?) foi eleito por 29,67% (menos de 1/3 dos eleitores). Cerca de 46% dos eleitores inscritos não estão representados no parlamento. Imaginem que a 'abstenção + brancos + nulos' tinham direito a uma cadeira vazia no parlamento. Em termos lineares, teriamos 100 cadeiras vazias e 130 cadeiras com deputados eleitos.

Caso Islândia. Teremos a coragem ?

A revista Visão Nº 947 de 28.abr trás uma reportagem sobre a Islândia que recomendo vivamente: "Islândia: falência levou o dinheiro, não a criatividade". Podem aceder a uma cópia em: http://www.op-portugal.org/downloads/ArtigoVisao04.2011.pdf Excelente artigo de reflexão. Tocante. Comovente. Inspirador. Refundação de baixo para cima, na lógica do Programa de acção política 'acreditar '. Ponto de partida: acreditar que cada cidadão é capaz (punir quem prevaricar). Nas palavras do Presidente da República Ólafur Ragnar: "(...) Estando na vida pública há tanto tempo, nunca tinha visto um debate tão profundo e alargado entre os cidadãos como agora. E provou-se que os cidadãos comuns sabem formar opinião e decidir sobre os assuntos tão complexos. Estou muito feliz, e até orgulhoso dos cidadãos do meu país. Diziam-me que o povo não podia decidir sobre estas questões, porque não tinha conhecimentos. Os cidadãos tornaram-se peritos." Temos duas hipóteses, grosso modo

Programa de Acção Política ACREDITAR

Nota pessoal: Farto de ver sempre as mesmas ideias, e um velho debate (esquerda - direita, público - privado) que não trás novas ideias nem soluções, decidi escrever um programa de acção política, baseado em novos princípios e que lança ideias fora da caixa para debate e reflexão. É um programa para um década. (desculpem eventuais erros) ---- "Quando uma crise atinge o seu ponto máximo, pode proporcionar uma enorme oportunidade. Quando as coisas se desmoronam, podemos voltar a conceber, remodelar e reconstruir. Não deveriamos perder esta oportunidade de converter as nossas instituições financeiras [deu diria todas as instituções] em instituições inclusivas." Muhammad Yunus, A empresa Social, Editorial Presença, 2011, Pag. 15 Este programa tem por base os seguintes princípios: - vê o cidadão como um ser humano por inteiro - acredita na capacidade de cada agente social, cidadão ou grupos de cidadãos (e.g. famílias, empresas, organizações) - é centrado em cada cidadão individual

Protesto de 12.Março

Nas últimas semanas tem-me chegado vários ecos deste fantástico grito do ipiranga da nova geração, o grito da sua emancipação. Em conjunto com alguns amigos, temos reflectido sobre os significados, pressupostos e consequências deste 'grito'. Este post é uma síntese dessa reflexão e, também, um 'movement' (a lá green hat do edward de bono ). Na reflexão, vou utilizar o framework disponibilizado pelo MOVIMENTO manifesto . O 'grito' surge na sequência de um choque de valores entre os tradicionais (Expansão , Competição, Quantitativo, Dominação) e os que emergem (Conservação, Cooperação, Qualitativo, Parceria). Quer ao nível individual, quer ao nível colectivo, ainda não sabemos balancear bem os conjuntos de valores. Claramente a geração dos avós, usou os tradicionais; a dos país já um hibrido, mas de forma inconsciente, o que a maior parte das vezes se traduzia em incomodo, sensação que algo não estava bem... falta de sincronismo (a este proposito vale a pena ver

Livros para miúdos e graúdos

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[Miúdos] O Magnífico Plano do Lobo [Graúdos] Change by Design, Tim Brown Ideia em [Pares de] Livros para miúdos e graúdos

[Pares de] Livros para miúdos e graúdos

Com as minhas leituras e com as leituras dos meus filhos, tenho visto que determinados temas são tratados tanto para a geração dos pais (graúdos) tanto para a geração dos filhos (miúdos). Deste modo, podemos comprar livros aos pares, que trabalham as mesmas temáticas para pais e filhos. Num ignite #8, Margarida Branco, apresentou o tema Ler por aí , onde sugeria outro par: livro - local.

MOVIMENTO manifesto * Janeiro de 2011

Recomendo vivamente a leitura deste manifesto. MOVIMENTO manifesto * Janeiro de 2011 .... Manifesto ‘Movimento’ 1º Draft por Marco de Abreu * Janeiro de 2011 Para todo o lado que ‘olhamos’ - um olhar com todos os sentidos - vemos, melhor dizendo, sentimos que ‘algo tem de ser feito’. Há uma sensação no ar que ‘não estamos bem’, que vamos ter que ‘fazer qualquer coisa’, que a ‘coisa mudou’. Pela ‘coisa’ podemos estar a falar da nossa empresa (cada um que escolha a sua), comunidade (e.g. aldeia, cidade), país (e.g. Portugal), espaço económico (e.g. Comunidade Europeia), planeta (e.g. Terra). Os sintomas são mais que muitos, parece que não há dinheiro que chegue, recursos naturais que cheguem, há crises do clima, financeiras, agrícolas, florestais, políticas, há catastrofes naturais, ... Uns pressagiam revoluções, outros anseiam por um salvador, muitos baixam a cabeça, muitos arregaçam as mangas e ‘fazem algo’, muitos olham a volta e procuram pistas, sinais, procuram descodif