Aprendizagens da condição COVID19 I: infra-estruturas (redes)
'Arrumo' as diferentes condições que temos vivido no passado recente e que vamos viver no futuro, em dois tipos:
I. as que mantém as nossas infra-estruturas operacionais
II. as que não mantém as nossas infra-estruturas operacionais
Em cada um dos tipos temos duas variáveis:
- âmbito: e.g. local, nacional, europeu, global
- impacto: e.g. baixo, medio, elevado
Como exemplo, a condição COVID19 é do tipo I, assim como a greve dos motoristas de matérias perigosas, com âmbito global e nacional, respectivamente e ambas com impacto alto, como a COVID19 muito elevado pelos falecimentos e crise económica. O incêndio de Pedrogrão é do tipo II: ao nível local paralisou praticamente as infra-estruturas todas; ao nível nacional teve impacto na rede de comunicações de emergência. O impacto muito elevado pelos falecimentos e destruição das estruturas e economia locais.
No tipo I temos água, energia eléctrica, internet, estradas. gás, alimentação, saúde, educação entre outras.
No tipo II podemos ficar sem uma ou mais destas. Imaginem uma condição em que temos que ficar em casa como com o COVID19, mas não temos energia eléctrica (ou água ou alimentação). Na COVID19 houve esse medo, de não haver alimentos.
A situação COVID19 pode ser vista como uma 'fire drill' de âmbito global, que permitiu testar a resposta social ao tipo I; daqui podemos aprender como estar preparados para ter resiliência e bem-estar a um tipo II. Algumas perguntas que emergem:
- Quais foram os impactos da situação COVID19 na minha localidade/ município/ região ou distrito/ país/ união / global ?
- Quais seriam os impactos caso não houvesse (rede/ serviços de) alimentos ?
- E se não houvesse (rede/serviços) de água ?
- E se não houvesse (rede/serviços) de energia eléctrica ?
- E gás ?
- E Internet ?
- E transportes/ estradas ?
- E combinações destas ?
Como podemos transformar as nossas localidades (ou municípios), para que, em situação normal aparentam funcionar como funcionam hoje, mas numa situação de crise (tipo II) mantém cada localidade a funcionar, tendo água, energia eléctrica, internet, alimentação, serviços de educação, saúde, suporte as habitações, governação, entre outros ? i.e. conseguem assegurar resiliência e bem-estar paras as populações. Pode este desenho ser feito numa lógica circular, regenerativa, tendo retorno social, económico, natural e inspiração ?
Os Municípios Portugueses já tem hoje diagnósticos (e planos) na área social e na resposta as alterações climáticas. Muitos já tem planos para resiliência na água e estão a desenhar redes de alimentação locais. Poderiam fazer este estudo e desenhar e implementar essas medidas.
É um mundo novo. Precisamos de veículos/ instrumentos novos para poder explorar o novo. Precisamos de instrumentos locais (micro) e de instrumentos transversais (meso). Precisamos de novos modelos, novas abordagens de organização e governação, distribuídas, auto-organizadas, mais próximas das pessoas (macro). Uma ecologia de inovação para o futuro.
Podemos pensar em laboratórios locais, construídos de baixo para cima com o envolvimento, desde a hora zero da população com dinâmicas participativas e colaborativas, numa lógica de action research, com respeito pela história e herança cultural de cada local, que envolvam todos os agentes e forças vivas locais, políticas, económicas, sociais, culturais, religiosas, entre outros. Alguns exemplos emergem pelo pais, como o Mertola LAB e o Clara LAB.
Podemos pensar em instrumentos transversais, que aprofundam o conhecimento em áreas temáticas transversais, que experimentam novas abordagens, pesquisam pelo Mundo o que melhor se faz, experimentam novos modelos (distribuídos), desenham programas de educação na área, desenham aplicações a fundos e suportam candidaturas a fundos e investidores. Estes modelos podem ser usados pelos laboratórios locais. Podemos encontrar exemplos no pais, como Zero Waste LAB, Qoin (moedas locais), copernico (energia), PermaLAB (agricultura), entre outros.
Podemos pensar em modelos de organização e governação distribuídos, muito mais próximos das pessoas, em que cada um de nós é produtor e consumidor. É um desafio pensar nestes modelos para cada uma das infra-estrturas:
- Como é ter energia eléctrica distribuida ? é o nível da habitação individual ? ou do bairro ?
- E água ? qual é o nó ? a localidade ? o município ? cada casa contribui ?
- E da alimentação ?
- E dos transportes e estradas ?
I. as que mantém as nossas infra-estruturas operacionais
II. as que não mantém as nossas infra-estruturas operacionais
Em cada um dos tipos temos duas variáveis:
- âmbito: e.g. local, nacional, europeu, global
- impacto: e.g. baixo, medio, elevado
Como exemplo, a condição COVID19 é do tipo I, assim como a greve dos motoristas de matérias perigosas, com âmbito global e nacional, respectivamente e ambas com impacto alto, como a COVID19 muito elevado pelos falecimentos e crise económica. O incêndio de Pedrogrão é do tipo II: ao nível local paralisou praticamente as infra-estruturas todas; ao nível nacional teve impacto na rede de comunicações de emergência. O impacto muito elevado pelos falecimentos e destruição das estruturas e economia locais.
No tipo I temos água, energia eléctrica, internet, estradas. gás, alimentação, saúde, educação entre outras.
No tipo II podemos ficar sem uma ou mais destas. Imaginem uma condição em que temos que ficar em casa como com o COVID19, mas não temos energia eléctrica (ou água ou alimentação). Na COVID19 houve esse medo, de não haver alimentos.
A situação COVID19 pode ser vista como uma 'fire drill' de âmbito global, que permitiu testar a resposta social ao tipo I; daqui podemos aprender como estar preparados para ter resiliência e bem-estar a um tipo II. Algumas perguntas que emergem:
- Quais foram os impactos da situação COVID19 na minha localidade/ município/ região ou distrito/ país/ união / global ?
- Quais seriam os impactos caso não houvesse (rede/ serviços de) alimentos ?
- E se não houvesse (rede/serviços) de água ?
- E se não houvesse (rede/serviços) de energia eléctrica ?
- E gás ?
- E Internet ?
- E transportes/ estradas ?
- E combinações destas ?
Como podemos transformar as nossas localidades (ou municípios), para que, em situação normal aparentam funcionar como funcionam hoje, mas numa situação de crise (tipo II) mantém cada localidade a funcionar, tendo água, energia eléctrica, internet, alimentação, serviços de educação, saúde, suporte as habitações, governação, entre outros ? i.e. conseguem assegurar resiliência e bem-estar paras as populações. Pode este desenho ser feito numa lógica circular, regenerativa, tendo retorno social, económico, natural e inspiração ?
Os Municípios Portugueses já tem hoje diagnósticos (e planos) na área social e na resposta as alterações climáticas. Muitos já tem planos para resiliência na água e estão a desenhar redes de alimentação locais. Poderiam fazer este estudo e desenhar e implementar essas medidas.
É um mundo novo. Precisamos de veículos/ instrumentos novos para poder explorar o novo. Precisamos de instrumentos locais (micro) e de instrumentos transversais (meso). Precisamos de novos modelos, novas abordagens de organização e governação, distribuídas, auto-organizadas, mais próximas das pessoas (macro). Uma ecologia de inovação para o futuro.
Podemos pensar em laboratórios locais, construídos de baixo para cima com o envolvimento, desde a hora zero da população com dinâmicas participativas e colaborativas, numa lógica de action research, com respeito pela história e herança cultural de cada local, que envolvam todos os agentes e forças vivas locais, políticas, económicas, sociais, culturais, religiosas, entre outros. Alguns exemplos emergem pelo pais, como o Mertola LAB e o Clara LAB.
Podemos pensar em instrumentos transversais, que aprofundam o conhecimento em áreas temáticas transversais, que experimentam novas abordagens, pesquisam pelo Mundo o que melhor se faz, experimentam novos modelos (distribuídos), desenham programas de educação na área, desenham aplicações a fundos e suportam candidaturas a fundos e investidores. Estes modelos podem ser usados pelos laboratórios locais. Podemos encontrar exemplos no pais, como Zero Waste LAB, Qoin (moedas locais), copernico (energia), PermaLAB (agricultura), entre outros.
Podemos pensar em modelos de organização e governação distribuídos, muito mais próximos das pessoas, em que cada um de nós é produtor e consumidor. É um desafio pensar nestes modelos para cada uma das infra-estrturas:
- Como é ter energia eléctrica distribuida ? é o nível da habitação individual ? ou do bairro ?
- E água ? qual é o nó ? a localidade ? o município ? cada casa contribui ?
- E da alimentação ?
- E dos transportes e estradas ?
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