Vivendo sociedade 4.0 no início de // Living society 4.0 on begging of 2022

 (this post is in PT and EN // este post está em PT e EN)


À entrada de 2022, partilho convosco a história de como estou a viver a próxima cultura, a minha história.


Sigo uma alimentação 100% vegetal, biológica e o mais local que consiga porque, na minha forma de ver, é o comportamento que mais impacto tem nas alterações climáticas, na qualidade dos solos, na saúde humana, na crueldade para com a Vida e na economia local. Uso água da troneira filtrada com filtro gravitico pois tem o PH certo, esta magnetizada, mineralizada e limpa (mais perto de nascente possível). Só coloco no corpo (cosméticos)  o que posso comer. E tratei de limpar a minha casa de tudo o que é tóxico, em particular na cozinha. Faço um jejum semanal de 36 horas e jejum intermitente de 12 a 14 horas diário.


No meu vestuário utilizo as minhas peças até ao fim. Compro em segunda mão ou procuro marcas éticas. Promovo a reutilização de roupas entre os filhos, sobrinhos e família. Vendo em segunda mão ou faço doações que sejam utilizadas (e não vão parar a uma fogueira num qualquer local remoto de África). Cuido dos meus resíduos, separando todos os elementos e tomando responsabilidade pelo destino final, faço compostagem. Os meus resíduos indeferenciados estão a menos de 2 litros por mês. O ponto de melhoria são as embalagens plásticas - estou com 25 litros mensais.


Procuro que os meus actos de consumo sejam conscientes e que os meus recursos sirvam para empoderar e financiar outros projectos e pessoas, que como eu, estão a co-criar a próxima cultura. O ponto a trabalhar é com os meus filhos onde ainda não consigo aplicar estes princípios, bem como a escola, que é privada e ancorada na cultura patriarcal. Quero sair dos gameworld dos bancos e sistema financeiro e estou a promover as diligências para ver se acontece em 2022.


Sigo uma ética de 'porque aqui estive este sítio ficou melhor'. Se vou passear uma praia, floresta, jardim bairro removo plástico ou elementos perigosos; informo os orgaões respectivos do que não esta bem (e.g. prédio, bairro) ou resolvo eu próprio - ou seja, tomo responsabilidade adulta, alta ou radical em relação aos aspectos de urbanidade e convivência social (gameworlds onde participo).


Não estou em redes sociais pois não quero patrocinar, com a minha utilização a segunda geração (a web 2.0) da internet e as suas disfunções (e.g. capitalismo de vigilância, empresas-estado). Quero apoiar os movimentos das tecnologias éticas e da web 3.0, peer-to-peer. Uso o Telegram e o google - estou a programar para deixar de usar o google durante 2022.


Medito - sigo a tradição do Heartfulness, pratico Yoga, Chi Chung e 5 ritmos (esporádico - gostava de tornar mais regular) e o meu caminho de evolução é feito utilizando o Possibility Management, nos LABS - estou a fazer o meu ritual de iniciação à vida adulta (1 ETB + 10 LABS) e o meu caminho para trainer.


Em termos familiares, a minha constelação familiar sou eu e os meus 3 filhos, que ficam comigo semana sim, semana não - a minha vontade seria de fazer parenting nesting e a mãe dos meus filhos não está disponível. Vivo na zona de Alfragide, em casa alugada, por ficar perto da escola das crianças (com forte redução da pegada ecológica) e me permitir flexibilidade, caso a escola mude, por exemplo. O meu irmão vive perto, em casa própria, com a sua família; a minha mãe vive sozinha em Setúbal, sendo um apoio muito importante para a minha célula familiar. As relações são boas, muito assentes no corpo intelectual e físico (e.g. refeições em comum). Na minha família de origem não se fala de corpo emocional e energético. Um caminho a percorrer nos próximos anos. Estou a ressignificar todas as datas importantes como aniversários, Natal, Páscoa, entre outros, não olhando para o que a cultura me propõem, mas antes, como me faz sentido e quero vivê-los. A relação com a minha família de origem e com a mãe dos filhos são os pontos de evolução.


Na entrada deste ano de 2022, vejo-me envolvido em alguns gameworlds que estão muito alinhados com a minha forma de ver o Mundo (e a próxima cultura) e que são baseados em responsabilidade radical (e.g. possibility management, teoria U, teoria integral) e em desenvolvimento regenerativo.


Espaço de relação e trabalho (destino em acção) extraordinário com a Joana Cruz, onde levamos as distinções do Possibility Management as pessoas, as equipas, aos projectos para empoderar, transformar e evoluir. Estamos a co-criar a comunidade de PM em Portugal e a unir a comunidade - talvez evoluir para uma Comunidade de Prática (CoP).


Espaço de relação extraordinário onde desenhamos experiências que desafiam as nossas caixas e exploramos o que significa uma relação entre duas pessoas, saindo dos constructos que a nossa cultura e educação nos transmitiu. O que significa para mim estar em relação ? Qual a relação que melhor me serve ? Como transcender as dinâmicas de gênero ? É um espaço de experimentação e crescimento, onde colocamos em acção as distinções do Possibility Management - ambos estamos a seguir este caminho.


Faço parte de uma equipa, Pinha do Agora, que está a co-criar uma ecoaldeia para 5 a 10 famílias, baseado nas distinções do Possibility Management e do Desenvolvimento Regenerativo e numa educação alternativa para as nossas crianças. Somos 5, Gil Penha-Lopes, Joana Cruz, Marco de Abreu, Matteo Tangi e Patrícia Bastos. Todos temos ETB e LAB. Dois de nós fizeram o curso de desenvolvimento regenerativo da regenerat.es, eu incluído. Estou a co-criar o local onde vou viver e trabalhar; a minha família de morte.


Faço parte de uma outra equipa, a do projecto para uma fundação, Terra Agora. Somos 4: Claudian Dobos, Ivan Sellers, Filipa Simões, Marco de Abreu. Temos todos ETB, 3 de nós LABS.  3 de nós fizeram o curso do desenvolvimento regenerativo da regenerat.es, eu incluído. Este projecto visa acabar com a 'escravatura' da Terra pelo Homem (ou a ilusão dela) - Como pode um ser vivo, humano ou não, achar que pode ser dono da terra ? De 'donos' para 'guardiões', i.e., participantes conscientes da vida na Terra.


Faço parte da equipa que sonha e dá vida ao Innovations for the Future. Somos uma rede, uma comunidade, um movimento de projectos e gameworld builders que sonham com uma próxima cultura. Neste equipa alguns de nós tem ETB e LABS, outros desenvolvimento regenerativo, muitos teoria U, alguns teoria integral, e muito mais ferramentas e métodos que podemos por ao serviço desta comunidade. Um dos desafios deste projecto são os fluxos monetários, o dinheiro. É também um fractal na dimensão pessoal da minha vida. Como fazer esta energia funcionar na próxima cultura ?


Patrocínio com o meu apoio e suporte em extented teams, ou como conselheiro, mentor, projectos como a Universidade dos Valores, Quinta Ten Chi, Editora Bambual, Eternal Forest, Legacy, Naturalmente, Deep-U, Festival Umundu, Terra Livre, entre outros.


Acredito e vivo que a próxima cultura é regenerativa, integral, relacional, em equipa, co-criada, baseada em awareness individual e colectiva. 


Oriento a minha ação em torno das seguintes linhas orientadoras:

0. Minha evolução e cura (e.g. Possibility Management)

1. Co-criar a família onde vou morrer (ecovilla, o local onde vivo e trabalho) - e.g. Pinha do Agora

2. Legado para os meus filhos - e.g. Terra Agora, Pinha do Agora

3. Servir, suportar o caminho dos outros, como tantos fizeram comigo; servir a evolução e a transformação - e.g. Trabalho com a Joana Cruz

4. Co-criar uma parceria evolucionária, uma relação extraordinária e arquetipica  - e.g. Relação


É caso para dizer grandes passos para mim, pequenos passos para todos nós. Peço-te para contares a tua história de como estas a viver a próxima cultura na tua vida à entrada de 2022, o que está a funcionar e o que não está a funcionar. Aceitas o desafio ?


----


As 2022 enters, I share with you the story of how I am living the next culture, my story.


I follow a 100% vegetable, organic diet and as local as I can, because, in my view, it is the behavior that has the most impact on climate change, soil quality, human health, cruelty to Life and local economy. I only put in my body (cosmetics) what I can eat. And I tried to clean my house of everything that is toxic, particularly in the kitchen.


In my clothing, I use my pieces until the end. I buy second hand or I look for ethical brands.


I try to make my consumption actions aware and that my resources serve to empower and finance other projects and people, who, like me, are co-creating a next culture. The point to work is my children where I still can't apply these principles, as the school is private and anchored in the patriarchal culture. I want to get out of the gameworld of banks and the financial system and I'm promoting the demarches to see if it happens in 2022.


I'm not on social networks because I don't want to sponsor, with my use of the second generation (web 2.0) of the internet and its dysfunctions (e.g. surveillance capitalism, company-state like facebook). I want to support the Ethical Technologies and Web 3.0 movements, peer-to-peer. I use Telegram and google - I'm programming to stop using google during 2022.


I meditate - I follow the tradition of Heartfulness, I practice Yoga, Chi Chung and 5 rhythms (sporadic - I'd like to make it more regular) and my evolution path is made using Possibility Management, at LABS - I'm doing my initiation ritual to adulthood (1 ETB + 10 LABS) and my path to be a trainer.


In terms of family, my family constellation is me and my 3 children, who stay with me every other week - my wish would be to do ‘parenting nesting’ and the mother of my children is not available. I live in the Alfragide area, in a rented house, because it is close to the children's school (with a strong reduction in the ecological footprint) and allows me flexibility, if the school changes, for example. My brother lives close, in his own home with his family; my mother lives alone in Setúbal, being a very important support for my family cell. Relationships are good, very much based on the intellectual and physical body (for example, meals in common). In my family of origin, there is no mention of the emotional and energetic body. A way to go in the coming years. I'm reframing all the important dates like birthdays, Christmas, Easter, among others, not looking at what the culture proposes to me, but rather, how it makes sense to me and I want to live them. The relationship with my family of origin and with the mother of the children are the points of evolution.


In this year's entry (2022), I find myself in some gameworlds that are pretty wiped out with my way of looking at the World and that are based on radical responsibility (e.g. possibility management, U-theory, integral theory) and regenerative development.


Extraordinary relationship and work space (destiny in action) with Joana Cruz, where we take the distinctions of Possibility Management to people, teams, to projects to empower, transform and evolve. We are co-creating the PM community in Portugal and a community - perhaps evolving into a Community of Practice (CoP).


Space for an extraordinary relationship where we design experiences that challenge like our boxes and explore what a relationship between two people means, leaving behind the constructs that our culture and education have transmitted to us. What does it mean to me to be in relationship? Which relationship suits me best? How to transcend as gender dynamics? It's a space for experimentation and growth, where we put the distinctions of Possibility Management into action - we're both following this path.


I am part of a team, Pinha do Agora, which is co-creating an ecovillage for 5 to 10 families, based on the distinctions of Possibility Management and Regenerative Development and an alternative education for our children. We are 5, Gil Penha-Lopes, Joana Cruz, Marco de Abreu, Matteo Tangi and Patrícia Bastos. We all have ETB and LAB. 2 of us took the regenerative development course at https://regenerat.es/, myself included. This is where I want to co-create the place where I will live and work; my family where I died.


I am part of another team, the project for a foundation, Terra Agora. We are 4: Claudian Dobos, Ivan Sellers, Filipa Simões, Marco de Abreu. We all have ETB, 3 of us LABS. 3 of us took the regenerative development course at https://regenerat.es/, myself included. This project aims to end the 'slavery' of the Earth by Man (or the illusion of it) - How can a living being, human or not, think that he can own the earth? From 'owners' to 'guardians', that is, conscious participants in life on Earth.


I am part of the team that dreams and gives life to Innovations for the Future. We are a network, a community, a movement of projects and gameworld builders who dream of a next culture. In this team some of us have ETB and LABS, others regenerative development, many U theory, some integral theory, and many more tools and methods that we can put to the service of this community. One of the challenges of this project is money flows, money. It's also a fractal in the personal dimension of my life. How to make this energy work in the next culture? 


Sponsorship with my support and support in extended teams, or as advisor, mentor, projects such as Universidade dos Valores, Quinta Ten Chi, Editora Bambual, Eternal Forest, Legacy, Naturally, Deep-U, Umundu Festival, Terra Livre, among others .


I believe and live that the next culture is regenerative, integral, relational, in a team, co-created, based on individual and collective awareness. 


I guide my action around the following guidelines:

0. My evolution and healing (e.g. Possibility Management)

1. Co-create the family where I will die (ecovillage, the place where I live and work) - e.g. Pinha do Agora

2. Legacy to my children - e.g. Terra Agora, Pinha do Agora

3. Serve, support the path of others, as so many did to me; to serve evolution and transformation - e.g. Working with Joana Cruz

4. Co-create an evolutionary partnership, an extraordinary and archetypal relationship  - e.g. Relation


It's a case of saying big steps for me, small steps for all of us. I ask you to tell your story of how you are experiencing the next culture in your life, at the beginning of 2022, what is working and what is not working. Do you accept the challenge?


Comentários

Mensagens populares deste blogue

Cavitando a minha Cultura.

Celebrando 7 anos de aprendizagens no caminho da sociedade 4.0

MOVIMENTO manifesto * Janeiro de 2011