Mapas para uma sociedade 4.0

A sociedade 4.0 é regenerativa, baseada em awareness e co-criada.

Para o Desenvolvimento Regenerativo o modelo do Regenesis Institute for Regenerative Practice (regenerat.es) que vem sendo desenvolvido há mais de 25 anos é um mapa a ter em conta que se articula e interliga com os diferentes mapas.

Para a co-criação e awareness-based, vamos começar com o modelo que o Rich (co-funder da enspiral) está a investigar e sistematizar o Microsolidarity.CC, desde 2018, um dos mais interessantes modelos de criação de inovação, com vários níveis de atenção/ foco - é um fractal de pertença (belonging): 

- SELF (individual) - nível individual; o indivíduo na sua perspectiva integral (teoria integral)

- PARTNERSHIP - dyad, casal que está na origem de muitas ideias (no contexto do I4F veja-se o caso do Diogo e Mariana no ClaraLab, Lourenço e Eva na Universidade dos Valores, Rita e Paul no Ten Chi, Filipa e Claudian na Aurora Community, Vasco e Dani com o deep-U e muitos outros)

- CREW - equipas formadas por indivíduos e partnerships que criam e desenvolvem os projectos (no I4F podemos falar da Fundação Terra Agora com o Marco, Ivan e Filipa-Claudian, o Ten Chi com o Paul-Rita, Anne-Sophie, Marco, Cathia, Catarina e Francesca)

- CONGREGATION - onde as equipas co-desenvolvem (e.g. no I4F vimos emergir o congregação da Fundação Terra Agora, a própria do I4F, a do Cordão Verde contra a desertificação do sul de Portugal)

- CROWD - é formada por várias congregações, com equipas que juntam em diferentes congregações; é muito normal que com o tempo o I4F seja uma Crowd de congregações e equipas

- VOID/ UNIVERSE - o que não conhecemos; o desconhecido; a 'source' como chama a Teoria U. De onde o Self emerge.


O Possibility Management, originado pelo Clinton há mais de 30 anos, é um gameworld, que permite profunda transformação de indivíduos e equipas, actualizando o thoughtware humano, construindo pontes entre a cultura moderna - que levou a humanidade aos seus limites e as culturas que se seguem, que são sustentáveis e sanas.  É um gameword, desenhado nativamente usando as equipas ('se não é em equipa não é Possibility Management'). Ou seja, por desenho, trabalha o nível do Indivíduo, Partnerships e Crews (possibility teams), criando o contexto para congregações e crowds saudáveis e vibrantes. Reconhece o Void/ universo/ caos/ desconhecido. É muito importante o trabalho que é feito ao nível do mundo de baixo (sombra) e do mundo de cima (arquetipo), bem como a cura dos padrões emocionais e iniciações. 

A Teoria U, investigada (action research) pelo Otto Scharmer, professor e inovador social no MIT e fundador do Presencing Institute, tb começa no indivíduo, estimula a criação de crews e o desenvolvimento de congregações e crowds; é para mim um gameworld que trabalha os níveis Crews (equipas core e extendidas), Congregation and Crow. Tb reconhece o void, a fonte.
O Vasco Gaspar tem vindo a usar a teoria U para trabalhar o nível do indivíduo/ Self com o Deep-u - que usa o framework integral para juntar gamewords por forma a construir um novo gameworld para trabalhar o individuo. As partnerships não são reconhecidas neste modelo.

Com as equipas constituídas e a desenvolverem-se, a Sociocracia 3.0, um gameworld que vem sendo criado pelo James eta all, oferece padrões que podem ser aplicados pelas equipas e congregações para governação e tomada de decisão e que pode ser adoptados pelas equipas de forma flexível e aos seus ritmos, sempre suportados pelo Possibility Management.

O Art-of-Hosting, comunidade com mais de 20 anos no mundo da participação, em si uma comunidade que promove a interligação de gameworlds (uma perspectiva muito integral), constitui um gameword muito interessante para, em combinação com a Teoria U, suportar e desenvolver as congregations e as crowds.

O Possibility Management e a Teoria U tem perspectivas integrais, isto é, podem ser vistas a luz da teoria integral, apresentando perspectivas para os 5 dimensões da teoria integral (níveis e estados de consciência, linhas de desenvolvimento, quadrantes e tipos).

O Dragon Dreaming, gameworld que Croft tem vindo a desenvolver há mais de 30 anos, permite a criação de equipas basedas em sonhos/ visões comuns de forma participativa e colaborativa. Pode ser complementada com a Sociocracia 3.0 e combina bem com o Possibility Management, Teoria U e Art-Of-Hosting. Trabalha crews e congregações.

A Teoria U e Art-of-Hosting são gameworlds de emergência, de gatherings. O PM, DrDr, e a Sociocracia 3.0 de desenvolvimento, de continuidade, de suporte.
A teoria integral um gameworld interpretativo, uma meta-teoria ou frameworks que ajuda na interpretação e no desenho de gameworlds.

Todas estes gameworlds são awareness-based, quer ao nivel individual (e.g. meditaçaõ, mindfulness), quer ao nível do colectivo (e.g. diálogo, council, circulo)  e co-criadas (e.g. participação, colabrativas)

Uma outra ponte é com a Teal Organizations (or teams) - esta teoria organizacional fundamenta-se na teoria integral; trabalha ao nível das crews e congregation. A Organização é vista como uma congregation de teams. Veja-se o exemplo da Buurtzorg.


RESUMO

Regenesis Institute for Regenerative Practice (regenerat.es) 

Mirosolidarity (belonging fractal)

Teoria U (void, crews, congregação, crowds - emergência, gatherings)
Art-of-Hosting  (congregação, crowds - emergência, gatherings)

Possibility Management  (void, self, partnership, crews - desenvolvimento)
Dragon Dreaming  (crews, congregação - desenvolvimento)
Sociocracia 3.0  (crews - desenvolvimento)

Teoria Integral (meta-gameworld - interpretar, desenhar)

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