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A mostrar mensagens de dezembro, 2013

Breves notas sobre emprego (enciclopédia 5)

Inspirado pela Enciclopédia 1, 2 e 3 do Gonçalo M. Tavares, Breves notas sobre, respectivamente, Ciência, Medo e Ligações, escrevo estas breves notas sobre 'emprego', depois de ter feito sobre a propriedade (enciclopédia 4) . Enciclopédia 5 Breves notas sobre emprego Emprego É criado por alguém ou por algo. Termina quando alguém ou algo decide. É um título de propriedade: procuro empregado para este meu emprego, que meu empregado será - uma mercadoria. Cedência da liberdade. Em troca, 10 moedas de ouro. O valor social do emprego. O valor que é socialmente aceite. Proprietário O emprego tem dono; ele cria o emprego e depois dá alguém. O outro recebe o emprego e usa-o. O emprego é uma propriedade. Quando tenho um emprego, tenho um dono. Sou sua propriedade: o 'meu' empregado. Ele pode acabar com o emprego. Propriedade Em Prego. Ter emprego é ter um prego (um ou mais). Antes fosse uma libertação. Quem prega o prego ? O dono do emprego ? O que recebe o empr

'Comuns' acabam com a pobreza

O filofoso alemão Martin Heidegger definiu o conceito de 'transparência'; em termos simples é uma maneira de viver em que não temos consciência da nossa ação, esta é-nos transparente. É como ir a conduzir um carro de um ponto A para um ponto B e, quando chegamos não nos lembramos se os semáforos estavam vermelho ou não, se as luzes estavam acesas, se as laranjeiras estavam em flor ou outro aspecto do percurso. A maioria dos humanos passa pela vida de forma transparente. Todos os dias passamos ao lado da pobreza, mas esta é transparente nas nossas vidas. A pergunta é como podemos acabar com as transparência, e trazer a consciência o que nos rodeia, por forma a podermos observar, conversar, pensar e agir de forma diferente ? Um resposta é, pela negativa: haja crise - quando a pessoa perde o emprego, acaba-se a transparência e a pobreza passa a ser uma possibilidade; acaba-se a transparência. Comete-se um crime, ou outra ação que quebre a transparência pela negativa e torne a

Fome e Pobreza

Vejo muitas vezes, de forma vulgar, pobreza e fome serem usados como se fossem sinónimos. E não são. O que as separa faz toda a diferença. 'Fome' é uma condição da vida biológica. A vida para ser mantida necessita de energia. A alimentação fornece essa energia sobre a forma de alimento. Enquanto houver vida, haverá fome. Nas sociedades primitivas, quando a humanidade era recoletora, a fome fazia parte do dia-a-dia, daqui que a natureza criou muitas maneiras de viver com a fome, como é o exemplo a acumulação de energia sobre a forma de gordura. No presente, na sociedade da abundância, a fome é um marcador, indica que os níveis de energia necessitam ser repostos, excepto casos de doença. 'Pobreza' é uma condição da vida humana, em particular da vida humana tal qual foi construída até ao presente. Ser pobre é não ter os meios necessários para aceder os recursos necessários a existência da vida. É ter 'fome' e não ter com que saciá-la ou fazê-lo em formas muito

Alguns livros sobre 'conversas' e 'formas de conversar'

Muitas formas de conversar The Change Handbook The Definitive Resource on Todays Best Methods for Engaging Whole Systems, Peggy Holman, Tom Devane, Steven Cady Conversas comigo próprio Freedom from the know, Jiddu Krishnamurti Search Inside Your Self, Chade-Meng Tan (há uma versão em PT) The Power of Now: A Guide to Spiritual Enlightenment, Eckhart Tolle (há uma versão em PT) Evolutionary Enlightenment: A New Path to Spiritual Awakening, Andrew Cohen (há uma versão em PT) Conversas a dois Ontología del lenguaje, Rafael Echeverria (versão em ES) Conversas em situação de conflito Nonviolent Communication: A Language of Life, Marshall B. Rosenberg Conversas em grupo On Dialogue, David Bohm Dialogue: The Art Of Thinking Together, William Isaacs Conversas para partilhar conhecimento The World Cafe: Shaping Our Futures Through Conversations That Matter, Juanita Brown  (versão em EN) Conversas para agir (motivação e compromisso) Ope

Nós, os comuns (We, the commons)

'Nós, os comuns' é um programa de transformação pacífica da sociedade humana e das suas formas de organização, por evolução generalizada da consciência humana e consequente revisão de conceitos socialmente construídos como é o caso da 'propriedade', 'dinheiro'. 'representação', 'cidadania', 'país'. Este programa tem dois princípios: - Não temos conhecimento, individual e colectivo para lidar com a situação actual do planeta Terra - Cada um de nós, e todos nós, colaborando, vamos conseguir criar novo conhecimento e co-criar novos modelos/ conceitos de sociedade E tem uma certeza: - Não há certezas, pelo que temos que ser humildes, experimentar e não assumir verdades universais; o que funciona num contexto poderá não funcionar noutro; não podemos deixar que um conjunto de poucos possa tomar decisões pela totalidade. Este é um programa para o nosso século. É um programa que já esta em marcha, de forma emergente, mediado pela Internet.